Eu poderia até pesquisar o significado da palavra "Mãe" no dicionário ou tentar resumir em alguns adjetivos comumente atrelados à essa palavra. Mas, prefiro contar a minha experiência com essa palavra durante meus 18 anos de vida.
Desde pequeno eu conheci uma pessoa à qual eu denominei "Mãe". Ela tinha me gerado com grande agonia e horas antes de me tirar de dentro de si, comeu 10 maçãs do amor e foi parar no hospital. Lá, ficou mais desesperada ainda após ver que eu havia ingerido uma grande parte da água da placenta. Segunda ela, durante meus 10 dias internados ela não conseguiu nem pensar em comer.
Cresci com essa mulher, ela tentou me dar o cunho de "John Carlos" porque era uma grande fã de Elton John. Mas era mais fã de Abba e Menudos. Cresci ouvindo os sons de sua juventude, dando risada de suas histórias passadas. Cresci. Só eu e ela.
Chegou um dia que eu cresci demais, e acho que nesse dia ela achou que já tinha feito sua parte em me ajudar à crescer. Com 18 anos, minha mãe foi convocada à comparecer à junta espiritual. O que aconteceu depois, só daqui um tempo ela irá me cotar.
Daqui desse lado, só me resta imaginar como ela esteja, lembrar das poucas e boas que dividimos, de dormir com ela todas as noites, de comer ovo frito com arroz fresquinho, e comer barras de chocolate Shot.
A mulher que tinha o apelido de Narizinho durante a infância, porque gostava de roubar jabuticabas da vizinhança me veio à tona hoje. Logo hoje. Logo eu. Me permiti me abater pela data capitalista, mas só me me permiti para realmente, parar e pensar nela, nas lembranças, dedicar um dia à essa atividade. Dedicar esse dia, verdadeiramente, à só ela.
Em memória de Edineide Garcia de Campos.
Referência:
Imagem: https://br.pinterest.com/pin/97742254391274909/

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